O pilar de Eficiência da Máquina Pública do Ranking de Competitividade mostra que criar mecanismos de incentivos para a construção do bom governo é essencial. A melhoria da eficiência do aparato governamental é condição central para reforçar a legitimidade das instituições democráticas, fator fundamental para impulsionar o desenvolvimento.
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São Paulo é líder em competitividade, mas segue com dificuldade em avançar na solidez fiscal Foto: Tiago Queiroz/Estadão
Na educação, destaca-se nos indicadores do Enem, índice de oportunidade da educação e taxa de atendimento do ensino infantil. Em infraestrutura, lidera nos indicadores de acessibilidade do serviço de telecomunicações, custo dos combustíveis, disponibilidade de voos diretos e qualidade das rodovias.
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No pilar de solidez fiscal, o Estado enfrenta dificuldades e ocupa a 13ª posição, uma acima de sua melhor marca desde o início do ranking. Nesta edição, recuou nos indicadores de gasto com pessoal, poupança corrente e taxa de investimento, e permanece entre as últimas posições no indicador de solvência fiscal, que mede a capacidade de pagar dívidas sem comprometer o equilíbrio orçamentário.
Santa Catarina é líder nos pilares de segurança pública e capital humano, enquanto o Rio Grande do Sul sobressai em inovação e eficiência da máquina pública.
Já o Distrito Federal obteve a maior nota em sustentabilidade social e ambiental. Roraima e Espírito Santo lideram nos pilares de potencial de mercado e solidez fiscal, respectivamente.
Os Rankings de Competitividade dos Estados e dos Municípios são ferramentas do CLP (Centro de Liderança Pública), com o objetivo de mensurar a capacidade dos entes federativos brasileiros em gerar bem-estar para a população. Com base em dados oficiais, os rankings oferecem um raio-X da gestão pública local a partir de indicadores estruturados em pilares como educação, saúde, segurança pública, infraestrutura, inovação e sustentabilidade ambiental.
Nordeste em crescimento
Destaque nesta edição, o Rio Grande do Norte avançou oito posições, passando da 24ª para a 16ª colocação. O Estado melhorou seu desempenho em sustentabilidade ambiental, eficiência da máquina pública e segurança pública — pilar de maior peso na pontuação do estudo. Desde 2016, saltou do 23º lugar para o quarto neste indicador.
Sergipe também evoluiu seis posições, após avanços em solidez fiscal, infraestrutura, inovação e segurança pública.
“Esses dois Estados do Nordeste se destacam porque conseguiram melhorar seus indicadores de segurança pública, em contraponto à queda da média nacional nesse pilar, que nesta edição se mostrou como a grande deficiência do País”, afirma Barros.
Com peso de 10,0% no Ranking, o pilar avalia dimensões como meritocracia, qualidade da democracia, controle de gastos e gestão de pessoal, revelando os desafios para tornar os governos mais eficientes e capazes de responder às demandas da sociedade.
Desigualdade regional
Na outra ponta, os Estados da Região Norte foram os que mais caíram: o Amazonas passou da 11ª para a 17ª posição; o Pará, da 21ª para a 25ª; e o Tocantins, da 15ª para a 18ª. Quatro dos sete Estados da região estão nas últimas posições do ranking.
Mesmo com destaque em indicadores como potencial de mercado e solidez fiscal — em que Roraima e Tocantins figuram entre os mais bem avaliados —, a desigualdade regional e a dificuldade de avanços estruturais ainda chamam atenção.
Peso dos Pilares
Peso dos pilares no Ranking de Competitividade dos Estados (Edição 2025)
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