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Editorial: O Descompasso entre o Discurso do Presidente e a Realidade do Povo

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Last updated: 25/02/2025
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Lula (de costas) discursa durante evento da Petrobras em Angra dos Reis (RJ), quando atacou novamente a Lava Jato. (Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República
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Nós, o povo, não comemos petróleo nem bebemos gasolina. No entanto, é inegável que tudo o que usamos ou consumimos depende, direta ou indiretamente, desses recursos. Do transporte ao aquecimento, da produção de alimentos aos bens de consumo, o petróleo e seus derivados são a base da cadeia produtiva que sustenta nossa vida cotidiana, é assim em qualquer parte do mundo. Quando o preço desses insumos sobe, toda a economia é impactada, e o custo de vida aumenta. E, ao contrário do que sugere o discurso desdenhoso de alguns, como o do presidente Lula, não temos a opção de simplesmente “não comprar” o que está caro. Afinal, como sobreviver sem comer, sem se deslocar, sem produzir?

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Recentemente, o debate sobre o aumento dos preços dos ovos de galinha trouxe à tona uma discussão que vai além da economia: a desconexão entre as falas de nosso mandatário e a realidade enfrentada pela população – nós, o povo. O ovo de galinha, um alimento básico e acessível para muitas famílias, tornou-se um luxo devido ao seu preço elevado. E a tendência é que fique ainda mais caro com a nova obrigatoriedade da impressão da data de validade, que entra em vigor em março. Diante disso, surgiram sugestões, vindas de altas esferas, de que as pessoas poderiam simplesmente substituir o ovo de galinha por ovos de pata ou até mesmo de ema e jabuti.

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Mas será que essas sugestões são factíveis? O ovo de pata, embora nutritivo, é escasso e, portanto, mais caro. É a lei da oferta e da procura, como bem sabemos. Já os ovos de ema e jabuti, além de inviáveis para consumo em larga escala, envolvem questões ambientais graves. A ema é uma ave silvestre e ameaçada de extinção, enquanto o jabuti é um animal protegido por leis ambientais. Sugerir o consumo desses ovos não apenas ignora a realidade econômica do povo, mas também demonstra um descaso preocupante com a preservação do meio ambiente. Afinal, não é papel de um líder zelar pela defesa da natureza e dos recursos naturais?

 

O presidente, em suas falas, parece subestimar a gravidade da situação. Ao dizer que “não come petróleo nem bebe gasolina, mas bebe álcool”, ele pode estar expressando uma preferência pessoal, mas esquece que, para o povo, o petróleo e a gasolina são essenciais para a sobrevivência. O álcool, embora importante em certos contextos, não sustenta o transporte público, não movimenta a indústria, não garante o funcionamento dos hospitais e escolas. É uma fala que revela uma desconexão profunda com as necessidades reais da população. Pode até mostrar a preferência pessoal de nosso presidente por bebida alcoólicas, mas nem todos, do povo, temos essa dependência pelo álcool!

 

Pior ainda é o tom de zombaria ao sugerir que, se o ovo está caro, as pessoas deveriam simplesmente “comer ovo de pata”. Essa fala não apenas ignora a escassez e o custo elevado desses produtos, mas também culpabiliza o povo por não “entender” as coisas. É como se a solução para a inflação e o aumento dos preços fosse uma questão de escolha individual, e não um problema estrutural que exige políticas públicas sérias e comprometidas. E o preço do café? E o arroz? E o feijão? E nos próximos dias o açúcar vai ficar “amargo”, pois também será reajustado para cima!

 

Nós, o povo, não merecemos ser tratados com desdém. Merecemos respostas concretas para os problemas que enfrentamos no dia a dia. Merecemos líderes que entendam que petróleo e gasolina não são luxos, mas necessidades básicas em um mundo dependente desses recursos. Merecemos políticas que priorizem a segurança alimentar, a preservação ambiental e o bem-estar da população. E, acima de tudo, merecemos respeito.

 

Enquanto as falas de nossos líderes continuarem a minimizar nossas dificuldades e a sugerir soluções inviáveis e fantasiosa, o abismo entre o governo e o povo só tenderá a aumentar. E isso, definitivamente, não é o que precisamos. Precisamos de empatia, de ações efetivas e de um compromisso real com o futuro de todos nós. Afinal, nós, o povo, somos a base desta nação. E é hora de sermos tratados com a dignidade que merecemos. Não merecemos um chefe de nação tão zombador como temos na atualidade.

 

Francisco Marques – fevereiro,25

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