Durante debate realizado pela TV Cidade Verde com os candidatos ao governo do Piauí nesta terça-feira (16/8), o candidato do PT, Rafael Tajra Fonteles, disse que pretende manter o programa de alfabetização do governo do estado (Proaja), que está sendo investigado por diversas irregularidades, inclusive por matricular pessoas falecidas. Segundo relatório de auditoria do TCE/PI (Tribunal de Contas do Estado) foram admitidas no programa pelo menos 1.053 pessoas falecidas.
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Ao responder questionamento da candidata Gessy Lima, do PSC (Partido Social Cristão), Fonteles disse que o programa pretende alcançar pelo menos 190 mil piauienses e que ao longo de 180 anos a elite piauiense tinha deixado de alfabetizar essas pessoas. Segundo ele, o governo petista teve a coragem de fazer e está realizando esse projeto de garantir conhecimento a jovens, adultos e até idosos.
O petista rebateu sua oponente ao dizer que o relatório do TCE é apenas preliminar e que ainda será submetido ao julgamento da Corte de Contas. Gessy Lima ao falar novamente disse que o relatório apontou que as pessoas não foram apenas inscritas; elas foram matriculadas e chegaram a constar seus nomes em lista de presença, como se tivessem assistido aulas. São pessoas que faleceram há mais de 10 anos.
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No debate, Silvio Mendes interpelou Rafael Fonteles. “Nós vivemos num estado bem diferente. Você faz construções mentais, trabalha com a irrealidade. Precisamos ser realistas. O governo do qual você faz parte não fez estradas, não colocou energia e nem ajudou a desenvolver os Cerrados. As escolas estão em ruínas, precisamos discutir o básico”, afirmou Silvio Mendes.
Ao final de sua fala, ele perguntou a Rafael Fonteles: “Você consegue dormir à noite fazendo parte de um governo que virou as costas para a educação? A educação é a maior obra de qualquer governo. Os estudantes da rede estadual não têm aulas desde o começo do ano. São muitos problemas. Você cria ilusões sobre Tecnologia da Informação quando o governo do qual faz parte não conseguiu resolver nem o básico.”
(Toni Rodrigues)