A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quarta-feira, dia 16, a segunda fase da Operação Acesso Negado, que apura vazamento de informações por parte de um servidor do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí (TJ-PI) sobre cumprimento de mandados na Operação Delivery, que investiga desvio de recursos do Fundeb no município de União, a 64 km de Teresina.
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De acordo com a Polícia Federal, foi identificado que o investigado e advogados teriam “tentado acessar indevidamente informações sigilosas relacionadas aos fatos investigados”. Estão sendo cumpridos três mandados de busca e apreensão nos municípios de Teresina e Matias Olímpio.
“No curso dos trabalhos foram identificados indícios razoáveis de que servidor da Justiça Estadual do Piauí teria realizado acesso indevido a sistemas da Justiça Estadual do Piauí no intuito de informar a advogados acerca de expedição de mandados de busca e apreensão e prisão preventiva decorrente de investigações policiais. Ainda, o inquérito policial aponta que o referido servidor recebeu vantagem indevida no intuito de satisfazer interesse do advogado investigado”, informou a PF.
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Cerca de 10 policiais federais estão sendo mobilizados para o cumprimento dos três mandados de busca e apreensão, que foram expedidos pela Justiça Federal de Teresina. O objetivo do cumprimento das medidas judiciais é colher elementos de prova que ratifiquem a tese de que advogados tiveram acesso.
Operação Acesso Negado.. Na primeira fase no dia 18 da agosto, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão nos municípios de Teresina e Monsenhor Gil. Os policiais buscaram provas de obstrução na investigação que apura os desvios no Fundeb.
A operação foi desencadeada após a apreensão de R$ 397 mil com um funcionário da prefeitura de União. A partir disso foi desencadeada a operação Delivery que prendeu empresários, vereador e agentes públicos também da cidade de União.
De acordo com a Polícia Federal, no curso dessa investigação foi observado a tentativa de atrapalhar a apuração e, por isso, deflagrada a operação Acesso Negado.
A operação Acesso Negado investiga atos ilegais de intervenção / embaraçamento a operação policial Delivery que apura desvio de recursos públicos do Fundeb destinado ao município de União.
“No curso da operação Delivery foram identificados atos escusos relacionados a encontros obscuros com agentes públicos no intuito de obter informações sigilosas, acesso indevido a processo judicial sigiloso, convergência e manipulação de versões, atos intimidatórios no intuito de frustrar a investigação policial, dentre outros fatos”, informou, em nota, a PF.
>> Tony Trindade, preso na primeira fase da Operação Acesso Negado
Ele se defende afirmando que a prisão foi equivocada e que tudo será devidamente esclarecido no tempo certo. Apega-se ainda à proteção divina e afirma que nada lhe acontecerá porque é ungido do pai.
Aos seus interlocutores ele afirma que foi vítima de uma grande injustiça, no entanto ele está solto sob algumas condições que a lei chama de restritivas de direito — ele não pode se ausentar da cidade de Teresina sem autorização judicial, tem que permanecer em casa no horário noturno e não pode frequentar determinados estabelecimentos, bem como tem que evitar contato com os demais investigados.
O prefeito de União, Paulo Henrique, se envolveu num escândalo de proporções imprevisíveis e ficou tão “queimado” publicamente que nem disputou a reeleição e seu candidato Zé Osmar, do PT, perdeu por diferença de quase 20 pontos para o prefeito eleito Gustavo Medeiros (DEM).
Tony Trindade atuava como consultor da prefeitura de União. Segundo as acusações, era ele quem intermediava muito dos contatos entre servidor da Justiça e escritório de advocacia que representava a prefeitura de União no processo sob investigação.
Fonte: PI24h.com/trnoticia.com