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Robert Prevost, 69, é o novo papa Leão 14, primeiro americano da história; veja vídeo

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Last updated: 13/05/2025
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Pontífice agostiniano tem tendência de progressismo social, mas sem inclinação para alterar doutrina católica; Trump fala em ‘grande honra’ para o país

Com seu mote “In Illo unum uno” (No único Cristo, somos um), que reflete a visão de uma Igreja unida, o cardeal americano Robert Francis Prevost, 69, é o novo papa Leão 14.

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Pontífice agostiniano tem tendência de progressismo social, mas sem inclinação para alterar doutrina católica; Trump fala em ‘grande honra’ para o paísRelação com o governo Trump

Depois de ver a fumaça branca sair da chaminé da Capela Sistina, a multidão que lotou a praça São Pedro ouviu o anúncio do “Habemus Papam” e, por fim, o nome que Prevost escolheu para ser o 267º líder da Igreja Católica e o novo bispo de Roma. Em uma decisão surpreendente do conclave, o Vaticano tem seu primeiro pontífice dos Estados Unidos na história. Ele será o líder de 1,4 bilhão de fiéis ao redor do mundo.

O cardeal Robert Prevost, eleito Leão 14 – Yara Nardi – 30.set.23/Reuters/Yara Nardi – 30.set.23/Reuters

Em seu discurso na sacada da basílica, o novo papa agradeceu a Francisco e falou na necessidade de uma Igreja sinodal. “O mal não vai prevalecer, estamos todos nas mãos de Deus”, disse Leão 14. “Vamos em frente, somos discípulos de Cristo. O mundo precisa de sua luz, a humanidade precisa dele. Ajudem também vocês a construir pontes, com o diálogo, para sermos um só povo em paz”, declarou.

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Ele disse que ser “filho de Santo Agostinho, agostiniano, que disse ‘com vocês sou cristão, para vocês, bispo'”. Proferiu parte de sua fala em espanhol, idioma do qual é fluente por causa de sua experiência missionária no Peru, aonde chegou nos anos 80, viveu por duas décadas e se naturalizou peruano.

O presidente dos EUA, Donald Trump, comemorou nas redes sociais a decisão do conclave. “Que grande honra para o país”, escreveu. O novo pontífice, porém, tem um histórico de mensagens críticas a políticas da gestão Trump.

Embora seja um país de maioria protestante, os Estados Unidos têm a quarta maior população católica do mundo, com 85,3 milhões de pessoas. Só ficam atrás do líder Brasil, do México e das Filipinas. Também são a segunda nação mais representada no Colégio Cardinalício, com 10 membros, ante 17 da Itália. Apesar desse peso relativo, nunca um cardeal americano havia sido colocado entre os nomes realmente mais fortes de um conclave, e os candidatos de agora corriam por fora.

A ascensão de Leão 14 desfaz a expectativa de que o Vaticano voltasse ao comando de um europeu, após Francisco se tornar o primeiro pontífice latino-americano. Mais especificamente, esperava-se o retorno de um italiano ao poder: o cardeal Pietro Parolin, influente número 2 da Santa Sé, era o favorito.

Nascido em 14 de setembro de 1955, em Chicago, Prevost ingressou no noviciado da Ordem de Santo Agostinho em 1977 e fez os votos perpétuos em 1981.

Formado em Matemática pela Universidade Villanova, tem mestrado em Teologia pelo Catholic Theological Union, em Chicago, e doutorado em Direito Canônico pelo Colégio Pontifício de Santo Tomás de Aquino, em Roma.

Ele é tido como mais progressista no campo social do que outros cardeais americanos —considerados conservadores e, em muitos casos, opostos a Francisco—, mas sem inclinação para

Em 1998, retornou aos EUA para chefiar a ordem agostiniana na sua cidade natal. Dois anos depois, envolveu-se em um escândalo por permitir que o padre James Ray, agostiniano como ele, morasse em um priorado em Chicago. Ray havia sido acusado de abuso sexual de crianças, e o priorado ficava próximo a uma escola. Leão 14 não notificou a escola.

Leão 14 voltou ao Peru em 2014, quando o papa Francisco o nomeou para a diocese de Chiclayo, no norte do país. Ele se tornou bispo de Chiclayo no ano seguinte e atuou como vice-presidente e membro do conselho permanente da Conferência Episcopal Peruana de 2018 a 2023.

Segundo o canal peruano TV América, o novo papa arquivou denúncias contra dois sacerdotes por abuso sexual a três menores, quando era bispo em Chiclayo, no Peru. Três meninas teriam sido abusadas sexualmente quando eram crianças, numa casa paroquial.

No papado de Francisco, tornou-se cardeal em 2023 e passou a chefiar o Dicastério para os Bispos e a Comissão Pontifícia para a América Latina, um cargo importante que demonstra sua proximidade com o antecessor.

Em 2012, antes de ser cardeal, Leão 14 criticou a simpatia da mídia ocidental por crenças e práticas que, segundo ele, vão contra o Evangelho —à época, citou explicitamente “o estilo de vida homossexual” e “famílias alternativas compostas por casais do mesmo sexo e seus filhos adotivos”.

Como bispo de Chiclayo, o novo papa também já se opôs à inclusão de conteúdo sobre gênero nas escolas, afirmando que a chamada “ideologia de gênero” era confusa e criava “gêneros que não existem”.

Durante o Sínodo em outubro de 2023, Prevost declarou que “clericalizar as mulheres”, ou seja, ordená-las para cargos de diaconisas e semelhantes, não resolveria os problemas da Igreja e, segundo ele, poderia até criar outros. O novo pontífice, por outro lado, nunca demonstrou um posicionamento claro quanto ao documento Fiducia Supplicans, que esclarece que as bênçãos a casais homossexuais não são uma aprovação do casamento, mas uma expressão de acolhimento e apoio espiritual. Segundo ele, as conferências episcopais nacionais devem ter autoridade para interpretar e aplicar as diretrizes em seus contextos locais.

Por outro lado, como seu discurso mostrou, Leão 14 defende a sinodalidade, fortalecida por Francisco, que visa a tornar as estruturas da Igreja mais inclusivas e participativas. Quanto à emergência climática, Prevost também esteve bastante alinhado a Francisco. Como cardeal, enfatizou que o catolicismo deve passar “das palavras à ação”, uma vez que, segundo ele, é preciso estar alerta contra as consequências prejudiciais do desenvolvimento tecnológico descontrolado e defender uma troca recíproca com o meio ambiente.

Relação com o governo Trump

Recentemente, em 14 de abril, Prevost republicou uma postagem no X com um artigo de um veículo católico de tom crítico à visita do presidente de El Salvador, Nayib Bukele, a Donald Trump, ocasião em que os dois comemoram a deportação de imigrantes ao país, incluindo um que tinha status protegido pela Justiça.

“Enquanto Trump e Bukele usam o Salão Oval para rir da deportação ilícita, feita pelo governo federal, de um residente dos EUA — que antes foi um salvadorenho sem documentos — o agora bispo auxiliar de Washington, Evelio, pergunta: “Vocês não veem o sofrimento? Sua consciência não se perturba? Como conseguem permanecer em silêncio?”, diz o texto republicado pelo agora papa.

Antes, em 3 de fevereiro, o pontífice repostou um artigo de outro veículo cristão que se opunha ao vice-presidente J. D. Vance: “J. D. Vance está errado: Jesus não nos pede para classificar nosso amor pelos outros”, lê-se na postagem.

O artigo foi escrito em contraponto a declarações que Trump havia dado em entrevista à Fox News afirmando que o amor cristão deve seguir uma hierarquia — começando pela família e terminando com o restante do mundo.

Sob Francisco, a relação entre o papado e o governo Trump teve diversas polêmicas. Logo após a morte do pontífice, ao ser questionado por um jornalista sobre quem deveria ser o próximo chefe da Igreja, Trump afirmou: “Eu gostaria de ser papa. Essa seria minha escolha número um.” Em seguida, afirmou que não tinha preferência, mas fez referência ao arcebispo de Nova York. “Devo dizer que temos um cardeal que por acaso é de um lugar chamado Nova York, que é muito bom, então veremos o que acontece.”

Dias depois, em um caso que gerou irritação de católicos, o presidente publicou, nas redes sociais, uma imagem gerada por inteligência artificial em que aparece vestido como papa, sentado em uma cadeira de estrutura dourada. Após críticas, afirmou que não teve “nada a ver” com a publicação e chamou a imagem de piada.

“Alguém fez uma foto minha vestido como o papa e eles colocaram na internet. Não fui eu quem fiz isso e não faço ideia de onde [a imagem] veio. Talvez fosse inteligência artificial, mas eu não sei nada sobre isso”, afirmou.

Questionado sobre o fato de que a imagem foi divulgada no perfil oficial da Casa Branca, Trump minimizou de forma sarcástica. “Minha esposa achou fofo. Ela disse: ‘não é legal?’ Na verdade eu não poderia me casar. Até onde é do meu conhecimento, papas não podem se casar.”

Curiosamente, um dos últimos compromissos que Francisco teve antes de morrer foi um encontro com o vice-presidente dos EUA, J. D. Vance, que é católico. Eles estiveram juntos no domingo de Páscoa, véspera da morte do papa. A reunião que abordou a situação de refugiados, dois meses após o Francisco ter criticado a posição do governo americano sobre o tema.

Vance se converteu ao catolicismo já adulto, em 2019. Os EUA só tiveram dois presidentes católicos, John F. Kennedy e Joe Biden. O atual vice flertou com o ateísmo antes de aderir à Igreja Católica.

Em 2016, durante a campanha eleitoral nos EUA, Francisco criticou a proposta de Trump de construir um muro na fronteira com o México. Ele disse na época que “buscar salvadores que nos defendam com muros é perigoso”. A frase de “construir pontes, não muros”, em um claro recado ao republicano, foi lembrada pelo decano do Colégio Cardinalício, Giovanni Battista Re, na homilia que fez durante a missa do funeral do papa argentino.

Francisco e Trump se encontrariam na Casa Branca no ano seguinte. Na ocasião, viralizou uma foto da reunião, sobretudo devido ao semblante de Francisco, que parecia estar de cara fechada, sem fazer questão de sorrir ao lado do presidente Donald Trump, a primeira-dama Melania e Ivanka Trump.

Em maio de 2017, Donald Trump recebeu Francisco na Casa Branca, junto com a primeira-dama Melania Trump e Ivanka, uma das filhas do presidente

A desconfiança entre Washington e Vaticano vem de antes. Em 2003, o embaixador americano junto à Santa Sé, Jim Nicholson, criticou a oposição da Igreja Católica à guerra no Iraque, dizendo que o Vaticano parecia não ter entendido que derrubar Adolf Hitler na década de 1930 teria sido a melhor maneira de evitar uma tragédia.

EUA e Vaticano chegaram a ficar sem relações diplomáticas por 117 anos e só as retomaram em 1984, durante o governo do republicano Ronald Reagan e o papado de João Paulo 2º. Em 1867, o Congresso americano aprovou uma legislação que proibia qualquer financiamento a missões diplomáticas americanas junto à Santa Sé, o que levou à ruptura.

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