Em assembléia a categoria critica falta de valorização e ameaça adesão ao movimento Polícia Legal.
Na manhã desta quarta-feira (04), policiais civis do Piauí, representados pelo Sindicato dos Policiais Civis do Estado (SINPOLPI), realizaram uma assembleia em frente à Secretaria de Segurança Pública. No encontro, a categoria demonstrou insatisfação com o governo estadual, especialmente em relação ao tratamento recebido do governador Rafael Fonteles e do secretário de Segurança, Francisco Lucas.
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Durante a assembleia, diversos agentes destacaram problemas estruturais e administrativos que afetam a atuação da polícia civil no estado. Um vídeo divulgado pelo sindicato trouxe relatos contundentes sobre as condições precárias de trabalho, atrasos e inadequações nos pagamentos e falta de valorização da classe. Em um dos trechos, um policial lamentou a morte de um colega, apontando a precariedade e o descaso como fatores que agravam a situação.
Em nota, um dos agentes reforçou o sentimento de abandono:
“Estamos em um barco furado, sendo humilhados não só pelos gestores, mas também pelo presidente da entidade que deveria nos representar. O ego e a vaidade ditatorial têm enfraquecido nossa categoria.”
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A pior remuneração do país, segundo os policiais
Movimento Polícia Legal
Com a rejeição da proposta do governo, os policiais civis anunciaram que podem aderir ao movimento Polícia Legal. Esse movimento, já adotado por outras corporações no Brasil, consiste em executar estritamente o que determina a lei, recusando-se a atuar em condições inadequadas ou sem as garantias devidas.
Recentemente, durante a Expoapi em Teresina, 15 policiais convocados para reforçar a segurança pediram dispensa, em protesto. “Não queremos convocações, queremos salário digno e respeito”, declararam.
Posicionamento do governo
Conforme informações do SINPOLPI, o secretário de Segurança Francisco Lucas teria informado que a decisão de retirar a reestruturação da polícia civil partiu dele e do governador. Além disso, o sindicato promete intensificar as denúncias contra gestores que, segundo eles, têm agido com negligência.
A categoria afirma que, se suas demandas não forem atendidas, a paralisação total das atividades será inevitável, agravando ainda mais a crise na segurança pública estadual.
Fonte: Sinpolpi