Ações na Justiça cobram medidas do governo federal, que anunciou mais investimentos em saúde para atender os Yanomami e reforço na segurança para expulsar de vez os garimpeiros.
O g1 teve acesso a imagens exclusivas que mostram crianças yanomami desnutridas em busca de atendimento. Os registros são fortes e denunciam que, mesmo um ano após o governo Lula decretar emergência de saúde pública na região, o retrato ainda é de fome, doenças e mortes.
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Nas imagens acima, é possível ver uma criança de 1 ano e 9 meses com 5,3 kg, que é o peso ideal de um bebê de três meses, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Mostram ainda uma criança de 4 anos com 6,7 kg, que é o peso mínimo de um bebê de cinco meses.
Retorno do garimpo, desnutrição, avanço da malária e mortes: o raio X da Terra Yanomami
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Na avaliação do Ministério Público Federal e de lideranças indígenas, a União conseguiu dar uma resposta de emergência, mas não avançou o suficiente, e o cenário devastador segue o mesmo. Ainda há fome, malária, centenas de mortes e devastação com o garimpo.
Procurado, o Ministério da Saúde atribuiu a situação à “desassistência e desmonte das políticas de saúde indígena” em anos anteriores, com “consequências profundas que estão sendo combatidas com ações de emergência e estruturantes de forma interministerial”.
O Ministério dos Povos Indígenas, por sua vez, elencou investimentos, a ampliação de unidades de saúde e o envio de agentes de saúde ao território.
Já Ministério da Defesa citou o apoio logístico das Forças Armadas na distribuição de toneladas de alimentos e materiais de apoio, além da realização de evacuações aeromédicas e a prisão de suspeitos de garimpo.