Em 27 de Agosto de 1853, vinte dias antes da emancipação política do Estanhado, foi criada na povoação uma freguesia, sob o orago de Nossa Senhora dos Remédios. Esta “independência religiosa” veio através da lei provincial número 348. Foi um passo importantíssimo para nossa emancipação, pois com a criação da Paróquia, nos desvinculamos da Paróquia de Santo Antônio de Campo Maior e passamos a ter assistência religiosa direta, não dependendo mais dela.
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Apesar de criadas a Vila e a Freguesia, o principal templo católico do lugarejo ainda era uma pequena capela, já bastante desgastada e deteriorada pelo tempo, construída no primeiro quarto do século XIX pelos primeiros moradores do lugarejo.
Apesar de ter passado por inúmeras reformas, já não supria as necessidades da nova Freguesia. Um novo templo teria que ser reerguido. A construção de uma nova igreja, agora mais ampla e de acordo com as exigências da Vila, demorou a acontecer. Somente quase dez anos depois (1862), é que foi principiada a reedificação, começando do zero, graças aos apelos do padre Simpliciano (primeiro pároco), que relutou contra a ideia de mais uma nova reforma.
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Com muitas dificuldades, entre elas financeira, de materiais, e até climatológicas, ela foi enfim reerguida, graças aos esforços da comunidade unionense e do vigário, que atraves da sua liderança política, conseguiu verbas junto ao governo da província para o andamento da obra.
Ela custou mais de 4 mil contos de réis, e só foi finalizada em meados da década de 1870. Durante todo o período imperial abrigou as eleições municipais e paroquiais, reuniões de irmandades católicas, e os enterramentos. Como o município só foi inaugurar seu primeiro cemitério público no início da década de 1870, o interior do templo, assim como todo seu entorno serviram de campo santo.
Com o passar dos anos ela foi perdendo seus traços originais graças as inúmeras “reformas” sofridas ao longo do tempo…
OBS..* Em virtude dos rigorosos invernos da época, a construção sempre era interrompida no período chuvoso. A principal causa era o terreno “arenoso” onde a mesma foi edificada.
Por Danilo José Reis