Esse ano (2018), a prefeitura de União, implantou um polemico processo de nucleação escolar no município. O objetivo inicial previa o fechamento de 35 escolas (praticamente a metade as escolas da zona rural). Tal projeto enfrentou forte resistência das comunidades e principalmente das autoridades locais. A revolta foi geral em todas as comunidades. Mesmo assim, o prefeito seguiu com o plano! Mas foi chamado a dar explicações ao Ministério Público local.
A prefeitura de União, através do atual prefeito, Paulo Henrique Costa, quando apresentou ao Ministério Público, o projeto de nucleação escolar, nas escolas da zona rural; durante audiência na sede da Promotoria e na presença da Promotora, Dra Geanny Vieira de Carvalho, garantiu que todas as escolas que seriam nucleadas teriam função social. Ou seja, que nenhuma escola nucleada ficaria fechada! A audiência na sede do Ministério Público se deu em 26 de fevereiro, do corrente ano.
Participaram da audiência, o secretário de educação, Marcone Martins da Silva, Lucélia Saraiva de Abreu (presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais), Evanildes Gomes da Rocha e Elany Pereira Ferreira (membros do conselho municipal de educação), Pedro de Jesus Medeiros Costa (procurador geral do Município) e Walterlene Bueno de Sousa Pimentel (secretária de administração). A audiência tratou de outros assuntos relacionados à lotação de professores, segundo turno, dentro outros pontos. Com relação à questão da nucleação, veja abaixo, a transcrição do que ficou acordado na presença do Ministério Público:
[… QUE as escolas a serem nucleadas serão utilizadas como espaços de convivência pela própria comunidade com presença da Secretaria de Saúde, SEMASC, serviços de esporte e outros, sendo todos voltados para a comunidade…]. Transcorridos mais de 5 meses após o acordo celebrado na presença da Promotora de Justiça da Comarca de União, como estarão as escolas que foram nucleadas?
Tivemos acesso a fotos e relatos de moradores da localidade Patuci (região da Baixa Grande) e, a realidade atual não condiz com o que foi acordado perante o Ministério Público! Segundo os moradores, a escola da comunidade está servindo somente para abrigo de animais. Ainda de acordo com moradores, alguns objetos já foram saqueados e outros vandalizados. “É revoltante”! Quando fizeram a reforma na gestão passada, colocaram aqui uma pia enorme e de excelente qualidade… mas após desativarem a escola, os vândalos arrancaram a pia e jogaram dentro do poço”, disse uma moradora, que pediu para não ser identificada.
Quem passa na estrada, já percebe os sinais de abandono na escola da comunidade. Ainda não temos detalhes a respeito das demais escolas fechadas pelo atual prefeito, Paulo Henrique. “Não dá pra gente entender esse prefeito…eu lembro que durante a campanha política ele dizia que era crime fechar escolas e que ele reabriria todas as escolas fechadas pelos ex-prefeitos Zé Barros e Gustavo…mas o homem fez pior que os outros… ele fechou mais escolas que os outros antes dele”, disse um pai de aluno que também pediu para não ser identificado.
É notória a insatisfação dos moradores da localidade Patuci, que hoje, são obrigados a mandar seus filhos para a escola da Baixa Grande, enquanto que a escola da comunidade está abandonada e entregue a ação do tempo. Ao menos para a localidade Patuci, o acordo que a prefeitura fez (prometendo que o prédio seria utilizado para ouras finalidades sociais), não passou de bravata!
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