O modus operandi funciona através de contratações por meio de licitações fraudadas e execução de obras superfaturadas que são executadas de fato por gestores e ex-gestores dos municípios envolvidos
A Operação Creta, deflagrada nesta terça-feira (19/12) pela Polícia Federal e pelaControladoria Geral da União (CGU) para o cumprimento de 16 mandados de busca e apreensão em municípios dos estados do Piauí e Ceará, e em Brasília (DF) tem como objetivo aprofundar investigação relativa a crimes de fraudes a licitações, desvio de recursos, corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo a execução de obras custeadas com recursos federais em municípios piauienses, que são postos em prática por intermédio de empresas de fachada e/ou ligadas aos investigados.
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As investigações foram iniciadas pela CGU após a análise dos materiais apreendidos na Operação Argentum, deflagrada no ano de 2017. As análises à época evidenciaram a ocorrência de fraudes nas licitações e irregularidades graves na execução das obras de construção/reforma de unidade básicas de saúde em município piauiense, com direcionamento da licitação e pagamentos por serviços que não foram executados.
O grupo continuou sendo monitorado, tendo sido identificada sua atuação em outros municípios piauienses, inclusive por intermédio de outras empresas, atuação que permanece até a presente data. O modus operandi continua o mesmo, com contratações por meio de licitações fraudadas e execução de obras superfaturadas e que são executadas de fato por gestores e ex-gestores dos municípios envolvidos.