O menor foi encontrado na própria residência com vídeos de pedofilia, tortura e culto à suástica; ele foi encaminhado para internação provisória.
Um adolescente de apenas 13 anos de Ilha Grande, no litoral do Estado, e que não teve a identidade revelada, foi encaminhado para internação provisória após uma investigação da “Operação Pessinus” descobrir uma série de crimes cometidos por ele. O acusado possuía perfis de culto a símbolos nazistas, incluindo imagens de automutilação e a cruz suástica. Além disso, ele idolatrava e propagava imagens de assassinos de massacres escolares, praticava por meio desses perfis apologia e incitação a crimes contra a vida e divulgava conteúdos proibidos de tortura, pedofilia, crueldade contra animais e pessoas.
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O adolescente ameaçava sequestrar, estuprar e matar uma das vítimas e realizava diversas violências sexuais por meios virtuais. Ele chegou a exigir que sua ex-namorada realizasse automutilação em frente às câmeras. De acordo com o diretor de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Piauí, delegado Anchieta Nery, a Polícia do Piauí instaurou inquérito, com mandados de busca e apreensão, bem como a internação provisória dos adolescentes infratores.
Menor é apreendido por suspeita de culto ao nazismo no Piauí.
“As polícias judiciárias do Brasil estão preparadas para enfrentar os desafios virtuais! Hoje a quantidade de crimes cometidos em meio cibernético já é maior que o número de crimes cometidos fisicamente. Os pais e sociedade têm papel fundamental nesse contexto, devendo proteger as crianças e adolescentes por meio da orientação e acompanhamento. Abusos não serão tolerados em nenhum meio”, explicou o delegado. Durante a ação, foram apreendidos na residência do menor um computador, celular e outros objetos.
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Delegado Anchieta Nery.
Estão sendo cumpridos hoje (21) cinco mandados de busca e apreensão e dois mandados de internação provisória. Além do menor de Ilha Grande, estão sendo realizados cumprimento dos mandados em Biguaçu/SC; Lucas do Rio Verde/MT; Macaé/RJ. As polícias do Rio de Janeiro e Mato Grosso apoiaram a ação.
Os investigados devem responder pela prática dos crimes de previstos nos artigos 146 (Constrangimento ilegal), 147 (ameaça), 147-B (Violência psicológica contra a mulher), 217-A (Estupro de vulnerável) e art. 287 (Apologia de crime ou criminoso) do Código Penal, assim como do art. 20, § 1o, da Lei n. 7.716/89.
A operação está sendo realizada pelo Ministério da Justiça, Polícia Civil do Estado do Piauí (Diretoria de Inteligência) e Grupo de Investigação de Crimes Cibernéticos (CyberGaeco) do Ministério Público de Santa Catarina. A ação integrada é promovida pelo Laboratório de Operações Cibernéticas (DIOPI/SENASP/MJSP), com o objetivo de combater crimes de constrangimento ilegal, ameaça, violência psicológica contra a mulher, estupro de vulnerável, apologia de crime ou criminoso, bem como incitação à discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, todos praticados no âmbito da internet.
“Pessinus”: nome faz alusão a cidade que serviu de sepultamento ao semideus
Átis, da mitologia grega. De acordo com a mitologia, Átis acabou enlouquecendo e se automutilando como forma de expiação ou como parte de rituais religiosos. Ele foi morto e seu túmulo está na cidade de Pessinus, simbolizando, dessa forma o fim da automutilação e reforçando o objetivo da operação em garantir a segurança e o bem-estar de crianças e adolescentes.