Defesa havia solicitado prisão domiciliar alegando que ela tem dois filhos pequenos
O desembargador Sebastião Ribeiro Martins, do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI), negou habeas corpus a Francisca Danielly Mesquita Medeiros, presa nesta semana acusada de manter afilhada em condições de escravidão por 15 anos em Teresina. A decisão, obtida pelo A10+, foi proferida nessa quinta-feira (25).
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A defesa da empresária havia solicitado a prisão domiciliar alegando que ela tem dois filhos pequenos, um deles dentro do espectro autista, e que, segundo advogados, ela é a única responsável por eles. Na decisão, o desembargador destacou que isso não foi comprovado, que foram apresentados apenas as certidões de nascimento e laudos médicos.
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“A prisão da paciente é fundamental para evitar a ocorrência de novos delitos desta natureza, praticados contra a filha de sua prima, evitando que esta altere as provas, posto que o crime ocorria dentro da sua própria residência”, disse o magistrado na decisão.
A fisioterapeuta e empresária Francisca Danielly foi presa na última terça-feira (23). O caso foi revelado em 1ª mão pelo A10+ e TV Antena 10. Em entrevista, a vítima contou que era proibida de frequentar a escola, não tinha amigos e não saía de casa. Ela é afilhada-prima da mulher e saiu do Maranhão quando tinha apenas 12 anos na esperança de ter uma vida melhor na capital piauiense. Desde então, segundo a polícia, a mulher manteve a jovem sem contato com os familiares.
A empresária foi presa em decorrência de um mandado de prisão temporária após investigação da Polícia Civil motivada por uma denúncia de que ela mantinha uma jovem de 27 anos em cárcere privado e em situação análoga à escravidão.
Reencontro da mãe com filha após resgate
Na última terça-feira (23), a dona de casa, Maria do Socorro reencontrou sua filha que ficou em cárcere privado por 15 anos na casa da empresária Danielly Medeiros. A vítima era constantemente agredida fisicamente e psicologicamente na casa da mulher no bairro Ilhotas, zona Sul da capital.
Em entrevista ao Balanço Geral Piauí, da TV Antena 10, o delegado Odilo Sena relatou que a menina vivia com os pais e recebeu um convite de uma prima para passar a Semana Santa no interior do Maranhão. Os pais da vítima são de baixa renda e possuem poucas instruções. A acusada, que é prima de 2º grau da jovem, trouxe a mulher para capital e, posteriormente, passou esconder informações sobre o paradeiro da moça.
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Fonte: Portal A10+