A outra parte dos moradores, da parte mais baixa do bairro Forquilha, tem encanamento, mas está sem água há três meses, apesar de pagar mensalmente contas para a Agespisa. Muitos passam a noite esperando a água e chega a manhã e não recebem o líquido.
O morador Chico Santos mostrou que nas torneiras de sua residência não sai água e está gastando R$ 300,00 para a compra de água potável por mês mesmo continuando pagando a conta mensal de R$ 46,17 para a Agespisa.
“Vivemos esta situação há 25 anos, mas nos últimos 90 dias está faltando água. A água para banhar e lavar as roupas a gente consegue a salobra em poços que cavamos, mas para beber eu tenho que comprar para minha família de três pessoas pagando R$ 10,00 por dia para pagar galão com 20 litros. Pago R$ 300,00 por mês para comprar água, é o dinheiro que tenho para comprar frango para comer”, afirmou Chico Santos.
O serralheiro José Antônio Lopes de Lima, que tem cinco pessoas em sua casa na parte alta do bairro Forquilha, conta que a Agespisa exigiu para levar água encanada que os moradores comprem os canos para levar o líquido até eles.
“Nós não temos dinheiro para comprar os canos e temos que conseguir água para beber transportando galões de água cedida por moradores de outros bairros e de posto de combustíveis”, falou José Antônio Lopes.
José Antônio cavou um poço, com uma bomba, no quintal de sua casa que leva água em um cano estreito para o banheiro, mas a água que obtém é salobra, imprópria para beber.
“Para beber, eu tenho que transportar em motocicleta um tambor de 20 litros no posto de combustível ou nas casas de outras pessoas”, adiantou José Antônio.
O pré-candidato à reeleição a deputado estadual Oliveira Neto (PT), filho do ex-prefeito Oliveira Júnior (PT) prometeu nas eleições passadas que a água ia subir, mas isso não aconteceu
“A gente acumula água salobra em baldes em nossas casas para banhar e lavar roupas. Como é salobra, a gente fica cinzenta quando vai banhar e o sal acaba com as roupas rapidamente”, declarou
José Elton, granjeiro que mora há três anos na parte alta do bairro Forquilha e pai de três filhos.
Moradores de Miguel Alves ficam sem água e consomem água salobra porque não têm dinheiro para comprar encanamento exigido pela Agespisa
Leave a comment
Leave a comment