O deputado estadual Oliveira Neto (PT) reconheceu, na noite de quarta-feira (29), durante comício no Clube dos Subtenentes e Sargentos da Polícia Militar (PM), no bairro Ilhotas, na zona Sul de Teresina, que ainda não foram distribuídas para a população as cestas de alimentos não perecíveis entregues pelo público que foi assistir ao show do cantor e compositor Wesley Safadão e de bandas como a Chicabana, no dia 23 de maio, para comemorar os 110 anos da emancipação política do município de Miguel Alves (110 km de Teresina).
Com gastos avaliados em R$ 1 milhão, Wesley Safadão e bandas como a Chicabana se apresentaram em Miguel Alves como forma de competir com a programação oficial do aniversário da cidade, que tinha como atração o cantor e compositor Mano Valter, porque o deputado estadual Oliveira Neto e seu pai, o ex-prefeito Oliveira Júnior (PM), fazem forte oposição ao prefeito do município Vein da Fetraf (PL).
Oliveira Neto era o responsável do show de Wesley Safadão e anunciou que o show foi realizados por empresas de seus amigos em um terreno próximo das rodovias PI-110 e PI-112, com a cobrança de dois quilos de alimentos não perecíveis como ingresso.
O show foi realizado sem alvará e autorizado da Prefeitura Municipal de Miguel Alves.
“Eu não sei informações sobre as cestas de alimentos, mas se a população falou que não recebeu as cestas de alimentos é porque de fato não foram distribuídas”, declarou Oliveira Neto.
Ele disse que não participou da organização do show de Wesley Safadão, que foi organizado por empresários e fez movimentar mais de R$ 1 milhão na cidade.
“Não é verdade que eu apresentei emendas parlamentares para o show de Wesley Safadão. Não seria ilegal se eu tivesse apresentado as emendas, mas eu não fiz isso”, declarou Oliveira Neto, que antes do show discutiu com funcionários da Prefeitura Municipal de Miguel Alves e o policial que o acompanhava determinou a prisão de um servidor público municipal que cobrou o alvará para o show de Wesley Safadão.