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Eu sou o cemitério – o campo santo,
E trago em meu recinto affetos raros;
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Os despojos mortaes dos entes caros
Repousam por aqui.
Carinhos eu mereço e, no entanto,
(É preciso dize-lo em termos claros)
Os mandões desta terra, homens avaros,
Lançaram-me do olvido o negro manto!
Campo nobres conservo no meio seio,
Mas sarça e carrapicho de permeio
O aspecto me dão de capoeira!
O muro que em redor me guarnecia
Desabou, de maneira que hoje em dia
Sou cercado de talos de palmeira!
Poema de autoria de José Elisiário, Pseudonimo de Fenelon Castello Branco,, publicado em 1916 na revista “União por dentro”. Infelizmente Fenelon profetizou este cenário, porque mais de 100 anos depois a situação continua a mesma. Atenção PMU …vamos cuidar melhor da última morada
frei Cegonha